Depois de passar seis semanas no campo, no projeto da minha filha Karin, fui com Marina, sua irmã, e Berni, sua companheira da Suíça, para passar um fim de semana em São Paulo.
Ficamos encantadas! Ficamos no décimo-quinto andar, com vista sobre a paisagem bela e surreal de prédios sem fim, parecendo grandes esculturas.
A paisagem mudava a cada hora com a luz. A lua cheia tornava a paisagem de concreta mais irreal ainda, um filme de fantasia.
Mas fiquei pensando: “Cada janela representa alguém, ou família, que precisa comer, se banhar e fazer xixi.”
Fiquei impressionada com o tamanho de infraestrutura que isso representa. É óbvio que, cedo ou tarde, vai ter alguma brecha e tudo pode desmoronar: a queda de uma ponte, a destruição de uma transformadora principal, o envenenamento de uma represa por produtos químicos, o envelhecimento de tubulações…
Ficamos muito felizes de voltar para o campo, onde temos controle sobre nossos meios de sobrevivência…